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segunda-feira, 18 de julho de 2011

O diploma que não tenho

 Qual o peso que um diploma do ensino médio tem na hora de conseguir um emprego? Bastante. Mas na minha opinião não deveria ter esse peso todo, não com a atual situação educacional do Brasil. Veja o exemplo do ex-presidente Lula, ele não tem diploma, isso não o impediu de governar o país. Veja o caso do Tiririca, ele não tem como provar sua alfabetização com um papel, mas isso não impediu que ele fosse eleito. Mas continuando no caso do Tiririca, ele provou que sabia escrever, então não precisamos de um papel para mostrar o que sabemos fazer, precisamos apenas da oportunidade de mostrar nosso potencial.

Eu não tenho diploma do ensino médio e me orgulho disso. Não porque eu ache que não terminar a escola é o máximo, mas porque eu sei provar que não preciso daquele canudo para demonstrar meu potencial, algo que as empresas deveriam levar mais em conta, o potencial natural do candidato e não apenas um papel dizendo que ele passou tantos anos na escola e passou em todas as provas.

Tem muita gente por aí que tem seus canudos e que não sabem mais que uma criança na quinta série, alguns sabem até menos, como vimos muito na internet, tem gente que nem escrever sabe e terminaram a escola, outros podem até ter terminado a escola e saber escrever corretamente, mas não possuem educação e cordialidade.

Hoje venho aqui protestar contra as empresas que só abrem vagas para quem terminou o ensino médio, coisa que eu acho ridícula. Quando você é chamado para uma entrevista de emprego você tem que preencher várias fichas, fazer uma redação e as vezes até algumas provinhas que englobam vários assuntos, se você passa por tudo isso, porque precisa apresentar o diploma do ensino médio?

Se a educação no Brasil fosse algo maravilhosamente digna de exemplo mundial, se os jovens saíssem da escola prontos para exercer uma profissão, ou se os jovens tivessem várias horas de estágio, ou algo deste tipo, talvez sim fosse necessário o diploma do ensino médio, mas é muito pelo contrário, o ensino do Brasil só serve para ensinar os jovens a ler, escrever e fazer contas. Nada além disso, é o básico. Claro que aprendemos coisas mais complexas como fórmulas químicas, físicas e matemáticas, tabelas periódicas e a história do povo Inca. Mas no que isso vai nos ajudar na hora de concorrer a uma vaga para descarregar caminhão, por exemplo.

As empresas e seus representantes precisam se preocupar em contratar pessoas que sabem o que fazem, precisam contratar as pessoas pelas suas qualidades e não pelo que está escrito num pedaço de papel. Por exemplo, o João só terminou o ensino fundamental, mas é muito caseiro, não bebe e não fuma, gosta de assistir National Geografic e Discovery Channel e é um internauta assíduo, já o José terminou o ensino médio, gosta de balada e beber com os amigos, gosta de assistir Pânico na TV e Big Brother Brasil e é apaixonado por carros. Nenhum dos dois trabalhou antes, mas os dois possuem curso de informática. Em um currículo não se coloca nenhuma dessas atividades que mencionei, apenas a escolaridade e o curso de informática, entre esses dois quem será contratado? Claro que vai ser o José, pois ele terminou o ensino médio, mas quem seria um melhor profissional? O João, pois analisando o perfil sabe-se que ele é mais cabeça, mais inteligente, mais centrado. Mas é claro que podem haver excessões.

O que eu quero deixar claro aqui é que a educação do Brasil não é algo tão extraordinário a ponto de ser um requisito fundamental na hora de contratar uma pessoa.

Salvo suas exceções. Veja bem, terminar o ensino fundamental e o ensino médio e algo muito bom, principalmente se você se esforçou pra isso e está terminando essa fase de estudos com a certeza de que aprendeu algo. Também é a chave que irá abrir suas portas para a universidade. Mas e no caso do brasileiro ou brasileira que teve que trocar sua carga horária de estudo pela carga horária de trabalho?

Há sim aqueles empregos que você consegue conciliar os horários de estudos e os horários de trabalho, mas e quando não dá? A escola não lhe oferece salário para ajudar ou até mesmo sustentar uma família.

Claro que os brasileiros e brasileiras que não terminaram o ensino médio não podem querer concorrer a um cargo de gerência, mas é preciso rever os quesitos para uma vaga menor. As pessoas precisam de trabalho, precisam de um salário, quem sabe assim elas não se motivam a terminar os estudos, uma vez que o problema de emprego esteja resolvido.

Diante os fatos apresentados, opinem, ficarei grato em ler.

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